A Atlântida de Wirth

em 12/06/2013


Usando como base os textos do "manuscrito Oera Linda" (clique aqui para saber mais a respeito) e teorias raciais e geológicas próprias, o filólogo e folclorista holandês Herman Wirth (1885-1981), escreveu, em 1928, A Origem da Humanidade (Der Aufgang der Menschheit, 1928), na qual afirmou que uma terra desaparecida no Ártico, abarcando as atuais Groenlândia, Sptizbergen, Islândia e Terra de Grinnell (ilha Devon, norte do Canadá) havia sido a pátria original da "raça nórdica-atlante" primordial, em uma época em que a América e a Europa ainda estavam unidas.

Wirth acreditava na deriva continental, contrariamente à maioria dos geólogos de seu tempo, mas lhe atribuía uma velocidade muito maior do que a real. A Europa e América ainda estariam soldadas no final do Terciário (há cerca de dois milhões de anos). Nessa época, a América teria derivado para o oeste, o pólo se deslocou e o clima teria se alterado.

Wirth afirmou que depois do congelamento de sua terra original, a raça "nórdica" teria migrado para a Atlântida, que se estendia pelo atual Mar do Norte, Ilhas Britânicas, mar Cantábrico, até Islândia e os Açores. As ilhas Canárias e Cabo Verde seriam seus remanescentes.

Coberta de tundras, essa Atland ou Atlântida era um lugar ideal para a criação de renas. Os Tuatha de Danaan seriam os habitantes dessa terra desaparecida e a partir de seu território original, no atual banco Dogger, no Mar do Norte, expulsaram da Irlanda seus inimigos Fomori (tribos "sul-atlânticas", mediterrâneas), enquanto a maior parte da Europa dessa época era habitada por "fino-asiáticos". Para Wirth, o Dogger teria sido "Polsete-Land" ou a "terra de Forseti", deus nórdico que teve um importante centro de adoração na atual ilha de Heligoland, no mar do Norte.

Mais tarde, com a submersão dessas terras, os nórdico-atlantes teriam emigrado para a Europa e Oriente Médio (onde difundiram a cultura megalítica) e também para a América do Norte. Teriam levado o alfabeto aos fenícios e teriam sido os fundadores de Tiahuanaco (Wirth sabia que os verdadeiros Incas eram muito mais recentes do que o implicado no Oera Linda). Wirth atribuía aos Eddas e às runas uma antiguidade de seis mil a dez mil anos.

Mais tarde, os Tuatha de Danaan nórdicos teriam sido vencidos pela "raça" mestiça dos celtas, vinda do continente.

Wirth pretendeu reconstruir a religião dos "nórdico-atlantes" como monoteísta, matriarcal e sem dogmas, distinta do "animismo" e do "demonismo" dos "negróides" e "fino-asiáticos". Essa religião primordial de 15.000 a.C. teria sido "solar" e compenetrada do senso de uma lei universal do "eterno retorno", de morte e renascimento.

A obra de Wirth caiu como uma luva para um certo ditador alemão, nascido na Áustria, que usou suas ideias para evocar a superioridade da raça Ariana, mobilizando seus conterrâneos a engajar em um evento bélico até então nunca visto. Mas isso é assunto para uma próxima postagem.

Fonte: Fantastipédia

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