Arqueólogos descobrem pirâmide menor escondida dentro de pirâmide maia

em 23/11/2016


Um grupo de pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) liderado por René Chávez Segura, usou métodos não invasivos de análise arqueológica e descobriu que a célebre pirâmide de Kukulkán contém uma outra pirâmide dentro de si. E que dentro dela, por incrível que pareça, há mais outra, uma espécie de versão arquitetônica das matrioskas, as famosas bonecas russas desmontáveis.

Os resultados da pesquisa ainda não foram publicados em um periódico científico, mas já repercutiram na imprensa internacional.

As duas pirâmides não estão centralizadas entre si, e a posição da menor, oculta, corresponde à localização de uma estrutura geológica chamada cenote, uma espécie de lago subterrâneo comum na região de Iucatã que era considerado sagrado entre os maias. Dentro da segunda, há uma terceira pirâmide, com apenas dez metros de altura. Nela, foram identificados uma espécie de escadaria e um altar religioso.

"A estrutura que nós descobrimos não está perfeitamente alinhada com o centro da pirâmide. Ela fica na direção do cenote", explicou o especialista da UNAM à rede americana CNN. "Isso pode confirmar ou pelo menos gerar uma hipótese de que os maias sabiam do cenote quando construíram essa estrutura."

O sítio arqueológico de Chichén Itzá, no atual território do estado de Iucatã, no México, foi um centro político e econômico da civilização maia fundado entre 435 e 455 a.C. Seu declínio veio antes da chegada dos conquistadores espanhóis, por volta de 1250 d.C.

A pirâmide de Kukulkán, o sanduíche recém-descoberto em questão, tem suas quatro faces alinhadas com os pontos cardeais e é adornada com 52 painéis, um para cada ciclo de destruição e reconstrução do mundo que eram previstos pela tradição religiosa do povo da América Central.

Segundo o Science Alert, a pirâmide menor provavelmente foi construída entre 550 e 800 d.C., a do meio, entre 800 e 1000, e a última foi terminada no máximo em 1300 d.C. Os resultados ainda serão publicados, e passarão por escrutínio de outros pesquisadores. "Se isso puder ser investigado, essa estrutura será muito significativa", explicou Denisse Argote, do Instituto Nacional de Antropologia e História, ao veículo americano. "Ela dirá muito sobre os primeiros períodos de habitação no local e irá fornecer informações sobre como a cidade se desenvolveu."



Fonte: Galileu

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